Antibiótico corta o efeito do anticoncepcional?

Postado em: 06/04/2022

Antibiótico corta o efeito do anticoncepcional?

O uso de determinados antibióticos pode interferir na eficácia ou até mesmo cortar o efeito esperado dos anticoncepcionais.

Isso ocorre em razão da interferências nas enzimas que são responsáveis por metabolizar os hormônios.

Os anticoncepcionais se caracterizam por serem fármacos que liberam hormônios como a progesterona e o estrógeno.

Sua função é regular os hormônios presentes na corrente sanguínea.

Assim, há um impedimento na ocorrência da ovulação, ou fazendo com que o muco cervical engrosse e dificulte com que os espermatozóides alcancem o óvulo.

Todos os antibióticos cortam o efeito dos anticoncepcionais?

O uso concomitante de antibióticos e anticoncepcionais pode fazer com que os efeitos do contraceptivo sejam reduzidos.

Nesse sentido, é preciso estar atento a essa ingestão conjunta.

Por um lado, os contraceptivos são importantes para evitar gravidez indesejada, mas, em alguns casos, os antibióticos são fundamentais para o tratamento de certos quadros, especialmente por impedir bactérias maléficas.

Antibióticos como a rifampicina, griseofulvina e rifabutina são aqueles responsáveis por cortar o efeito esperado do uso de anticoncepcionais.

Dentre esses medicamentos, a rifabutina e rifampicina são utilizados para realizar tratamento da hanseníase, meningite e tuberculose.

Por sua vez, a griseofulvina costuma ser receitada para tratar ocorrência de micoses.

Por que o antibiótico interfere no efeito do anticoncepcional?

Com o uso de antibióticos ocorre certo aumento na metabolização, isso faz com que os hormônios presentes no sangue sejam diminuídos em termos de concentração.

Isso faz com que a eficácia do anticoncepcional tenha seu efeito reduzido.

Ademais, o estrógeno presente no anticoncepcional tende a ser metabolizado pelas enzimas presentes nas bactérias do intestino, absorvendo-as do organismo.

O antibiótico elimina essas bactérias, mas, como há redução do estrógeno disponível, a eficácia do anticoncepcional é reduzida.

A pílula anticoncepcional, após ser absorvida, vai para o sangue e, posteriormente, para o fígado.

É no fígado que ocorre o processo de metabolização do medicamento.

O estrógeno que entra no fígado é, então, ativado e começa a proteger o organismo da mulher contra a possibilidade de gravidez.

Outra parte desse estrógeno é direcionado para o intestino devido a ação de extração pela bile.

No intestino as bactérias presentes na flora intestinal começam a agir pelo mecanismo de produzir enzimas e as transforma, novamente, em estrógeno.

Esse estrógeno é, mais uma vez, devolvido para o sangue e aguarda a nova ingestão da pílula para recomeçar o processo.

Se o antibiótico é tomado, ele elimina as bactérias e impede a produção das enzimas.

Assim, a mulher fica desprotegida.

Quando se tratar de saúde, busque um profissional!

É importante que as mulheres estejam com suas consultas e exames sempre em dia.

Nenhuma dúvida deve restar após as consultas.

Nesse sentido, busque profissionais que tenham como foco não apenas o corpo biológico, mas o cuidado de maneira integral.

Não tome medicamentos sem prescrição médica.

Toda e qualquer conduta de saúde deve ser acompanhada por profissionais capacitados.

Dra. Tânia Schupp

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