Atualmente, a fertilização in-vitro é um tratamento de reprodução humana que está crescendo cada vez mais no Brasil. Assim, de acordo com o Relatório Nacional de Produção de Embriões, da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), realizaram-se no ano de 2017, 36.307 ciclos de fertilização de gametas.

Em suma, utiliza-se este tipo de técnica para o tratamento de diversas causas da infertilidade, tanto aquelas originadas na mulher quanto no homem. Geralmente, a fertilização in vitro dura em média duas semanas para ser concluída. De modo geral, a técnica consiste em unir os gametas fora do útero e transferir o embrião, depois de formado, novamente para o útero da mulher.

Mas afinal, você sabe os detalhes de como funciona essa técnica? Como ela age no corpo da mulher?

Fertilização In vitro

A fertilização in vitro (FIV) é um processo em que a fertilização dos óvulos ocorre num laboratório, ou seja, fora da trompa de Falópio. Realiza-se este procedimento de duas maneiras: colocam-se os espermatozoides ao redor do óvulo e eles o fertilizam por si próprios; ou então por meio da injeção intra citoplasmática( quando insere-se o espermatozóide no interior do óvulo com o auxílio de uma agulha).

Normalmente, os embriões fertilizados são mantidos no laboratório por um prazo de 2 a 7 dias antes de serem transferidos para o útero da mulher, em um procedimento simples chamado transferência de embriões. Assim como na inseminação, pode ocorrer a estimulação dos ovários por meio de medicamentos.

Em síntese, indica-se a FIV para casos mais avançados de infertilidade. Assim, realizam-se especialmente onde a idade da mulher é superior a 35 anos e não teria bons resultados se recorresse à inseminação intrauterina, por conta do envelhecimento dos óvulos. Além disso, outras indicações clássicas são a obstrução nas trompas, ou alterações do sêmen no espermograma.

Etapas da fertilização In Vitro

Para o sucesso da técnica, existem algumas etapas. Assim, podemos citar:

Estimulação Ovariana

Em suma, a estimulação dos óvulos é o primeiro procedimento realizado na FIV. Dessa forma, todo o processo realiza-se através de medicamentos injetáveis que aumentam a dose de hormônio folículo estimulante (FSH), no organismo da mulher. Como resultado, torna-se possível recrutar um maior número de óvulos e potencializar a capacidade fértil da mulher.

Estes medicamentos são administrados por meio de injeções subcutâneas ou por via oral. A dosagem ideal para cada caso será determinada pelo especialista em reprodução humana, considerando a idade, altura, peso e número de folículos ovarianos da paciente. Atualmente, existem diversos protocolos de estímulos ovarianos. Assim, o especialista em reprodução humana escolherá aquele que oferecer a melhor taxa de sucesso para o casal em tratamento.

Captação dos gametas

Nesse sentido, depois da estimulação, o procedimento é obter os óvulos existentes dentro dos folículos dos ovários. Geralmente, o processo ocorre entre 34 e 36 horas após a injeção do hormônio HCG.

Realiza-se a captação com a paciente sob anestesia geral, em paralelo a administração de remédios para aliviar a dor. O procedimento é feito por meio de punção ovariana, como uma agulha guiada por ultrassom transvaginal.

No caso do homem, a coleta dos gametas é feita por meio de masturbação. Porém,  alguns homens não apresentam gametas no sêmen e, nesses casos, é preciso fazer uma punção ou biópsia para retirá-los diretamente dos testículos.

Cultura do blastocistos

Assim, após a coleta, ocorre uma seleção dos espermatozoides. Após isso, coloca-se todos em uma cultura, juntamente com o óvulo. O atingimento da fase de blastocisto é fundamental: embriões nesse estágio possuem maior potencial de implantação no útero, oferecendo assim, maiores taxas de sucesso.

Além disso, isso possibilita a seleção natural dos melhores embriões e a transferência de uma quantidade menor, reduzindo riscos de uma gravidez múltipla.

Transferência de embriões

Em suma, todo o processo de transferência embrionária ocorre com a utilização de um tubo fino e flexível, dentro do útero por meio do orifício externo do colo uterino. A quantidade de embriões depende da mulher: 2 para mulheres com menos de 35 anos, 3 para quem tem até 40 anos, e até 4 para idades mais avançadas. Na maioria das vezes, essa transferência embrionária não necessita de anestesia. Além disso, a paciente não precisa estar em jejum.

Por fim, o uso de medicamentos indicados pelos médicos para suporte da gravidez deve ser mantido até a segunda orientação. O exame de gravidez é feito de 9 a 12 dias após a transferência dos embriões.

Qual a porcentagem de gravidez utilizando a fertilização in vitro?

Geralmente, as chances de uma gravidez acontecer através da FIV estão diretamente relacionadas com a idade da mãe. A idade da paciente é determinante para o sucesso da fertilização de gametas.

Portanto, por este motivo, o procedimento também indica-se para mulheres com idades avançadas. Existem ainda outros fatores como a receptividade do endométrio da mulher e a qualidade do embrião.

Assim, a porcentagem varia de 18% em mulheres com 25 anos, até 7% em mulheres com 40 anos.

Quais são os riscos associados a técnica da fertilização in vitro?

Antes de mais nada, existem sim, alguns riscos associados à FIV. E todos eles deverão ser notificados aos pacientes antes de iniciar o tratamento. Entre as mais comuns, podemos citar:

Gestações Múltiplas

Devido a potencialização dos óvulos produzidos durante o ciclo menstrual, a FIV aumenta o risco de gestações múltiplas (gêmeos, trigêmeos e até mais). Contudo, o Conselho Federal de Medicina, limita a quantidade de embriões que podem ser transferidos para o corpo da mulher, reduzindo o risco de gravidez múltipla.

Síndrome da Hiperestimulação Ovariana

Em geral, essa síndrome se manifesta devido ao uso de medicação na fase de estimulação ovariana. Entre os principais sintomas apresentados, podemos citar:

  • Inchaço;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Dor abdominal leve;

Estes sinais costumam durar uma semana. Caso ocorra a gravidez, os sintomas prolongam-se. Torna-se essencial comunicar o ginecologista quando eles aparecerem.

Por fim, a fertilização in vitro está ajudando cada vez mais casais a terem um filho e formar uma família! A clínica da Dra. Tânia Schupp oferece comodidade e conforto aos seus pacientes, além de um ambiente diferenciado proporcionando, um atendimento ginecológico e obstétrico completo, já com a realização de USG na mesma consulta.

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Uma vez coletados, é feita uma seleção dos espermatozoides, inseminação nos óvulos (ICSI) e depois eles são colocados em uma cultura. Na técnica de ICSI o espermatozóide é injetado diretamente no óvulo com uma agulha ultra fina. Ou seja, o processo é idêntico ao que ocorre na trompa feminina nos casos de gravidez natural.

Quando o embrião já está pronto ele é implantado no útero da mulher. No entanto, a quantidade de embriões depende da idade da mulher, e da qualidade dos embriões.

A duração do tratamento, contando com a estimulação, a fecundação in vitro, a implantação dos embriões e o exame que detectará o sucesso ou não do procedimento, costuma ser de 25 dias.

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