Como escolher o melhor método contraceptivo

Escolher o melhor método contraceptivo faz parte da rotina saudável da mulher que pretende planejar a gravidez e ainda manter a vida sexual ativa.

É claro que a maioria dos métodos contraceptivos não inibem a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DST), o que requer atenção na escolha do método.

Contudo, há tantas formas de se prevenir a gravidez que é comum as dúvidas aparecem, pois, nem sempre o seu método será o mesmo que foi indicado para sua amiga ou irmã, por exemplo.

Logo, falar com uma ginecologista é imprescindível, onde, este artigo tem apenas o objetivo de informar os métodos e suas aplicações gerais, cabendo um profissional lhe ajudar na escolha.

Como escolher o melhor método contraceptivo

A princípio, para escolher é preciso conhecer as opções existentes que, em geral, se adequam à maioria das pacientes, onde a eficácia está relacionada com o uso adequado de cada método.

Pílula anticoncepcional 

A pílula anticoncepcional é uma cartela de comprimidos que pode ser do tipo contínua ou com pausa. A taxa de eficácia é de até 99,7% desde que seja tomada da forma correta e sem falhas.

Implante anticoncepcional

É um método contraceptivo que consiste na introdução de pequeno tubo feito de material plástico na parte interna do braço da mulher, sob a pele e que impede a ovulação pela lenta liberação de hormônios.

O implante tem duração de até 3 anos e sua eficácia é superior a 99% e  por se tratar de um procedimento clínico, só deve ser realizado pelo ginecologista, após alguns exames e no período adequado que não indique gestação ou durante os 7 primeiros dias do ciclo menstrual.

Dispositivo intrauterino (DIU)

É um dispositivo em forma de T que pode ser do tipo hormonal ou de cobre, cujo é introduzido no útero por um médico ginecologista, e que pode ter atingir a permanência no corpo da mulher de 3 a 6 anos, com eficácia superior a 99%.

Essa é uma das técnicas mais eficazes, que dificultam a fecundação, logo, evitando a gravidez, por isso, indicado para mulheres maiores de 14 anos com vida sexual ativa, que não sofram de inflamações pélvicas. Mulheres que sofrem de endometriose ou que estejam no período pós-menopausa também pode utilizar o método contraceptivo.

Camisinha feminina e masculina

O preservativo é um método anticoncepcional eficaz para evitar a gravidez, bem como, a única alternativa que forma uma barreira que evita o contágio e transmissão de doenças e infecções sexualmente transmissíveis, dentre elas a sífilis e aids, que podem vir a prejudicar os planos de uma gravidez sadia no futuro. 

Diafragma vaginal

É uma espécie de copinho ou anel de silicone que evita a passagem de espermatozoides no útero, e que seu uso é feito sob prescrição médica, onde a mulher coloca o dispositivo até 18 horas antes da relação sexual.

Para usar o diafragma vaginal é preciso utilizar um espermicida que aumenta a eficácia do método, que em geral apresenta 88% conforme o uso recomendado.

Por ser de um material lavável, o dispositivo tem durabilidade de até 2 anos podendo ser utilizado várias vezes.

Anel vaginal

O anel vaginal é um dispositivo feito de material flexível, que apresenta cerca de 91% de eficácia se usado conforme recomendação, cujo é inserido no canal vaginal e que sua troca deve ser feita mensalmente, respeitando o período de pausa para o ciclo menstrual.

Anticoncepcional injetável

Consiste na injeção de um composto de hormônios contraceptivos liberados lentamente, podendo ser aplicado uma vez por mês ou a cada três meses, em uma clínica médica.

Esse método é indicado em alguns casos como portadoras de epilepsia, mulheres com distúrbios mentais ou com tuberculose, ou que por algum motivo não podem utilizar as outras alternativas de contracepção. O uso em longo prazo pode trazer problemas de fertilidade.

Laqueadura

Esse é um método definitivo que previne a gravidez, onde, é indicado para mulheres acima de 40 anos,após a decisão de não ter mais filhos, uma vez que é irreversível.

A laqueadura é um procedimento cirúrgico, que necessita de anestesia geral, para realizar o fechamento das trompas, por meio de um corte ou amarração, que exige internação após a cirurgia com recuperação por cerca de duas semanas.

Vantagens e desvantagens do método contraceptivo

Todo medicamento possui uma desvantagem ou efeito colateral, sendo o mais comum, dores de cabeça, inchaço abdominal, atraso na fertilidade, varizes, retenção de líquidos, problemas no fígado, náuseas e em alguns casos, mulheres podem desenvolver quadros de trombose.

Contudo, uma visita regular ao ginecologista pode ser útil para avaliar se os benefícios e os potenciais riscos para cada paciente.

Como escolher o melhor método contraceptivo

Escolher o melhor método contraceptivo é importante e essa decisão deve ser tomada junto do médico que com auxílio de exames e avaliação clínica poderá ajudar.

O melhor método também é aquele que se adequa à sua rotina e suas condições de saúde, lembrando que, o preservativo ainda é o único meio de prevenir a mulher de infecções e doenças sexualmente transmissíveis e isso deve ser considerado, conforme a vida sexual.

Decidi engravidar, e agora?

Para uma gravidez com maiores chances de sucesso, é preciso ter um planejamento prévio e com acompanhamento de um profissional obstetra a fim de garantir a saúde do feto e da gestante ao longo das 40 semanas.

Logo, mais do que pausar o método contraceptivo, outras ações devem ser tomadas, incluindo exames laboratoriais e de imagem que visam avaliar a saúde da futura mãe de forma prévia até que a concepção seja efetivamente realizada.

Sabe-se ainda, que o ideal é que a mulher planeje e engravide antes dos 35 anos, uma vez que, as chances de engravidar diminuem com o passar dos anos, podendo ainda, trazer algumas complicações como gestação de alto risco.

Porém, atualmente as mulheres podem contar com processos de fertilização in vitro, inseminação intrauterina e coito programado, no caso de não conseguirem engravidar de forma natural.

Saiba como escolher o melhor método contraceptivo. Agende sua consulta e tire suas dúvidas a respeito.

Artigo escrito pela Dra. Tânia Schupp

Especialista em ginecologia, obstetrícia, medicina fetal e reprodução humana


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