Especialista em ginecologia: tudo sobre mioma uterino

Como ginecologista especializada, tenho acompanhado de perto o impacto dos miomas uterinos na saúde das mulheres. Embora essa condição seja comum, afetando cerca de 50% das mulheres entre os 45 e 55 anos, é fundamental estar atenta para garantir um diagnóstico precoce e um tratamento adequado. 

Neste artigo, vou explicar tudo o que você precisa saber sobre mioma uterino, suas causas, sintomas e opções de tratamento, para que você compreenda a importância de uma abordagem ginecológica focada nesse problema. 

Continue a leitura e entenda melhor como cuidar da sua saúde!

O que é o mioma uterino?

O mioma uterino, também chamado de leiomioma ou fibroma uterino, é um tumor benigno, ou seja, não é cancerígeno. Isso significa que, embora os miomas não evoluam para câncer, eles podem causar outros tipos de complicações que afetam a qualidade de vida da mulher.

Esses miomas são formados por fibras musculares que se organizam em nódulos no útero. Eles podem variar muito em tamanho e número — muitas vezes são múltiplos e se desenvolvem em diferentes áreas do útero. 

A consistência dos miomas é firme, e eles apresentam uma cor esbranquiçada.

Os miomas podem surgir em diferentes locais do útero, sendo classificados de acordo com sua localização:

• Mioma intramural: Localizado entre as paredes musculares do útero.
• Mioma submucosal: Desenvolve-se sob a camada interna da mucosa uterina.
• Mioma subserosal: Formado abaixo do revestimento externo do útero.
• Mioma pedunculado: Pode aparecer tanto na parte externa do útero quanto no interior da cavidade uterina, ligado por uma espécie de “pedúnculo”.

O que causa o mioma uterino?

A causa exata dos miomas ainda não é completamente compreendida pela medicina. No entanto, sabe-se que há uma forte predisposição genética envolvida, o que significa que mulheres com histórico familiar de miomas têm maior risco de desenvolver a condição.

A hipótese mais aceita é que os hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona, desempenham um papel fundamental no crescimento dos miomas. 

Esses hormônios estimulam as células musculares do útero, fazendo com que os miomas se desenvolvam.

Além disso, alguns fatores de risco podem contribuir para o aparecimento dos miomas uterinos:

• Menstruação precoce: Mulheres que menstruam desde muito jovens estão mais propensas a desenvolver miomas.
• Uso prolongado de anticoncepcionais desde a adolescência.
• Obesidade: O excesso de gordura corporal pode aumentar os níveis de estrogênio no corpo, favorecendo o crescimento dos miomas.
• Consumo de bebidas alcoólicas em excesso.
• Hipertensão arterial (pressão alta) também está associada a um maior risco.

Quais são os sintomas do mioma uterino?

Em muitos casos, os miomas não apresentam sintomas, o que dificulta seu diagnóstico precoce. No entanto, quando os sintomas aparecem, eles podem ser bastante incômodos e variar de acordo com o tamanho, localização e número de miomas. 

Veja alguns dos sintomas mais comuns:

• Aumento do fluxo menstrual: O ciclo menstrual pode se tornar mais intenso e prolongado, com sangramentos abundantes.
• Sangramento excessivo: Além do aumento no fluxo menstrual, é comum que ocorra sangramento fora do período menstrual.
• Dores abdominais: A presença de miomas pode causar dor ou sensação de pressão no abdômen, especialmente durante a menstruação.
• Alteração na fertilidade: Miomas maiores ou localizados em certas áreas do útero podem interferir na capacidade de engravidar, levando à infertilidade em alguns casos.

Esses sintomas podem ser desconfortáveis e interferir na rotina da mulher. Portanto, é importante ficar atenta a qualquer alteração no corpo e buscar orientação médica.

Como descobrir se você tem um mioma?

Já que os miomas uterinos frequentemente são assintomáticos, muitas mulheres só descobrem sua presença em consultas de rotina com o ginecologista. Isso reforça a importância de realizar exames preventivos regularmente, mesmo que não haja sintomas evidentes.

Os principais exames utilizados para diagnosticar miomas incluem:

• Ultrassonografia: Um exame de imagem que permite visualizar a presença de nódulos no útero.
• Exame pélvico: Realizado pelo ginecologista durante a consulta, pode detectar alterações no tamanho ou forma do útero.
• Exames de sangue: Auxiliam a verificar se há alterações hormonais ou anemia, que pode ocorrer devido ao sangramento excessivo.

Quais são as opções de tratamento para o mioma uterino?

O tratamento dos miomas varia de acordo com diversos fatores, como o tamanho e tipo dos miomas, a idade da paciente e o desejo de ter filhos biológicos. 

Em alguns casos, se o mioma não estiver crescendo rapidamente e não causar sintomas, o tratamento pode ser focado em controlar o crescimento e prevenir o surgimento de novos miomas.

Entre as opções de tratamento, estão:

• Anticoncepcionais: O uso de contraceptivos hormonais pode ajudar a regular o ciclo menstrual e reduzir o sangramento causado pelos miomas.
• Anti-inflamatórios: Podem ser usados para controlar a dor e a inflamação.
• Dispositivos intrauterinos (DIU): Alguns tipos de DIU liberam hormônios que ajudam a reduzir o sangramento e o crescimento dos miomas.
• Suplemento de ferro: Importante para mulheres que sofrem de anemia devido ao sangramento excessivo.
• Injeção hormonal: Em alguns casos, são administradas injeções hormonais para reduzir o tamanho dos miomas.

Nos casos em que os miomas crescem rapidamente ou causam sintomas mais intensos, a intervenção cirúrgica pode ser necessária. 

A cirurgia pode envolver a remoção dos miomas ou, em situações mais graves, a retirada do útero (histerectomia). Sua ginecologista poderá orientar sobre a melhor abordagem para o seu caso específico.

Busque uma ginecologista focada em mioma uterino

Agora que você já sabe o que são os miomas uterinos, quais são suas causas e sintomas, fica claro que o acompanhamento ginecológico regular é essencial para detectar e tratar essa condição de forma eficaz. 

Se você suspeita que pode ter um mioma ou deseja tirar dúvidas sobre o tratamento, agende uma consulta com uma ginecologista focada no assunto.

Cuidar da sua saúde ginecológica é uma forma de garantir mais qualidade de vida. Entre em contato e agende sua consulta comigo. 

Dra. Tânia Schupp
Ginecologista Obstetra, Especialista em Medicina Fetal e Reprodução Assistida 
CRM-SP: 81.750 | RQE: 56.376 / 563.761 / 563.762

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