Por que se fazer o ecocardiograma fetal?

Você já ouviu falar sobre o ecocardiograma fetal?

Este exame permite avaliar o desenvolvimento, a função e a anatomia do coração do feto ainda durante a gravidez. 

É importante ressaltar que ele não oferece risco para a gestante ou para a criança, trazendo os benefícios de um diagnóstico precoce e de um tratamento eficaz das cardiopatias fetais. 

Ou seja, através do ecocardiograma fetal é possível detectar e tratar de certas doenças, como determinadas formas de arritmia, enquanto o bebê ainda está dentro do útero da mãe.

Como funciona o ecocardiograma fetal?

O ecocardiograma fetal serve para complementar a avaliação do ultrassom morfológico, uma vez que é realizado por um cardiologista pediátrico e fetal especializado, e também  possibilita o planejamento do parto para receber e tratar devidamente o recém-nascido que apresenta doenças cardíacas congênitas.

É o caso da transposição das grandes artéria e a hipoplasia do VE ou do VD, que necessitam correção cirúrgica imediatamente após o nascimento.

O exame pode ser feito através do abdômen materno, a partir de 20 semanas, embora a melhor época seja por volta de 24 semanas de gestação.

Fatores de risco para o desenvolvimento de cardiopatias congênitas

Existem alguns fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento de cardiopatias congênitas. Entre eles estão:

  • A presença de casos de cardiopatia congênita na família do pai ou da mãe e em filhos anteriores;
  • Algumas infecções adquiridas pelas gestantes, como a toxoplasmose, a rubéola e a citomegalovirose;
  • Doenças, como a diabetes, tanto a pré-existente quanto a adquirida durante a gestação;
  • Certas medicações de uso materno, principalmente quando utilizadas nos primeiros meses de gestação, exemplos incluem alguns anticonvulsivantes e alguns antidepressivos. 

Outros aspectos devem ser destacados: gestantes com idade superior a 35 anos merecem uma avaliação pré-natal mais rigorosa devido às maiores chances de malformações fetais. Tanto é que muitos obstetras têm incluído o ecocardiograma fetal entre os exames de rotina nesse grupo de pacientes.

Artigo escrito pela Dra. Tânia Schupp

Especialista em ginecologia, obstetrícia, medicina fetal e reprodução humana


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