Ultrassom transvaginal: qual a sua importância?
Postado em: 03/02/2021
Antes de mais nada, além de avaliar a gestação, especialmente nos primeiros meses de gravidez, o ultrassom vaginal é muito importante na detecção de complicações no canal vaginal das mulheres.
Além disso, não é um exame doloroso. Pode incomodar um pouco, mas é livre de qualquer complicação. Diante disso, qual a importância do ultrassom vaginal? Fique conosco e descubra!
Antes de tudo, vamos entender o que é um ultrassom vaginal.
O que é ultrassom vaginal?
Também conhecido como ultrassonografia vaginal, ou apenas transvaginal, é um exame de diagnóstico, não invasivo, que utiliza um pequeno aparelho capaz de avaliar o canal vaginal, colo do útero, trompas e ovários da mulher.
Nesse sentido, este pequeno aparelho é introduzido na vagina e produz pequenas ondas de som que são transformadas pelo computador em imagens. É através dessas imagens que é possível diagnosticar diferentes problemas como câncer, cistos e possível gravidez.
Como funciona o exame?
A princípio, a paciente deve ficar em posição ginecológica, deitada com as pernas afastadas e joelho levemente dobrado.
A partir daí, o médico insere o aparelho com lubrificante e preservativo, para que facilite a passagem. Então, o transdutor, como é chamado, deve ficar de 10 a 15 minutos no canal, podendo se mover para produzir melhores imagens.
Dessa forma, o instrumento emite ondas sonoras de alta frequência, possibilitando a formação de imagens da estrutura pélvica. Estas imagens são imediatamente enviadas a um monitor próprio, para poderem ser avaliadas por um profissional.
Primeiramente, vale salientar que o exame só pode ser feito em mulheres que já tiveram alguma relação sexual. Ele não exige nenhum preparo específico. Contudo, é interessante que a paciente esteja com a bexiga vazia no momento de realizar o exame.
Do mesmo modo de outros exames, o ultrassom transvaginal deve ser um exame de rotina, que serve para diagnosticar precocemente qualquer anormalidade no sistema reprodutor feminino. Recomenda-se ainda realizá-lo anualmente.
Juntamente com essas informações, é importante dizer que o exame é totalmente seguro para ambos, gestante e bebê.
Mas afinal, para que realmente serve o exame? Qual sua real importância?
Além de ser um exame de rotina, o ultrassom ajuda a identificar infertilidade, sangramentos, entre outros detalhes, que um simples exame não detecta.
Ele é aconselhado em casos onde a paciente tem interesse em colocar o DIU e em casos de gravidez precoce.
Analogamente, durante a gravidez, este exame serve para:
- Examinar a placenta;
- Identificar causas de um possível sangramento;
- Identificar sinais de um possível aborto;
- Monitorar o batimento cardíaco do bebê.
Diante disto, quais são os principais problemas que são identificados pelo ultrassom?
Agora, detalharemos abaixo os principais problemas que são descobertos e acompanhados com o ultrassom transvaginal. São eles:
- Mioma Uterino: caracterizado por um crescimento anormal de células no útero. Normalmente, aparece em mulheres com idade fértil, e não tem sintomas. Geralmente, os miomas se localizam nas paredes do útero, sendo facilmente identificados pelo ultrassom.
- Endometriose: tecido do útero que começa a crescer fora dele, em locais como trompa e ovários. É possível identificar esse crescimento anormal no ultrassom, mesmo em regiões fora do útero.
- Infertilidade: uma das causas mais comuns, é a alteração anatômica das estruturas reprodutivas da mulher. O ultrassom identifica claramente essa anormalidade, e com ajuda de um médico ginecologista, é possível começar um tratamento.
- Câncer do colo do útero: tem relação com a presença de HPV, vírus contraído por via sexual. Além de poder identificar através do exame papanicolau, o ultrassom transvaginal é também eficaz na identificação do problema.
Quem realiza e solicita este tipo de exame?
Primordialmente, qualquer médico que suspeite de alterações na região pélvica da mulher pode solicitar esse exame. Porém, os que mais solicitam são clínicos e ginecologistas, especialidades que mais atendem às mulheres nesse quesito.
Do mesmo modo, um especialista em ginecologia deverá analisar o exame, pelo simples fato de que este profissional cuida dos órgãos reprodutivos da mulher e pode tomar condutas específicas para cada problema de saúde.
Por fim, quem realiza este tipo de exame é o médico ginecologista ou um médico especialista em ultrassom, chamado ultrassonografista.
Quais são os cuidados após o exame?
A princípio, não há necessidade de repouso ou afastamento das atividades do dia a dia. Portanto, os cuidados após a realização do exame são bastante simples. A paciente apenas precisa se atentar a higiene da região íntima, pois ainda pode permanecer, no canal vaginal, um pouco do lubrificante usado no exame.
Ultrassom transvaginal e gestação
Acima de tudo, o ultrassom transvaginal é o primeiro ultrassom realizado e uma gravidez, geralmente no período entre a 6ª e a 12ª semana de gravidez. Nesta fase, ele é capaz de determinar a idade da gestação e o número de embriões fecundados.
Outro fator importante da realização do exame é a avaliação do colo uterino, essencial para gestantes com histórico de síndrome do colo curto. Nesta síndrome, o colo uterino não suporta o peso da gravidez, o que pode levar ao aborto. Além disso, ele identifica os chamados deslocamento placentários, comuns em sangramentos que ocorrem nos primeiros meses de gestação.
Por último, deve-se realizar esse exame também para acompanhamento do desenvolvimento do feto. Ele detecta a presença de malformações. Todo o processo ocorre via abdominal, mais adequado para a visualização de fetos maiores.
Em outras palavras, nessa fase, a sonda vaginal serve apenas para medição do colo do útero.
Para a identificação da idade gestacional, o ultrassonografista utiliza a imagem do feto obtida pelo ultrassom vaginal. Dessa forma, ele calcula o comprimento do feto, medindo da cabeça até as nádegas. Esse método tem baixa taxa de erro do tempo gestacional. Contudo, vale salientar, que quanto mais precoce o exame for feito, mais fiel será a medida.
Existe algum risco para ambos, gestante e bebê?
O ultrassom transvaginal é extremamente seguro e não oferece nenhum tipo de risco. Ele apenas utiliza ondas. E essas ondas são de alta frequência, ou seja, inaudíveis para o ouvido humano, e portanto, não causam impacto algum para a saúde do embrião.
Além disso, o preservativo utilizado na sonda protege contra infecções e possíveis microorganismos, como bactérias e vírus!
Quer saber mais sobre o ultrassom transvaginal? Agende sua consulta.
Artigo escrito pela Dra. Tânia Schupp
Especialista em ginecologia, obstetrícia, medicina fetal e reprodução humana